Estratégia Empresarial

O papel do líder na elaboração do planejamento anual

Ao se comportar como liderança, o gestor deve compreender o cenário em que o hospital se encontra e apontar falhas e soluções

Por Editorial GesSaúde

O planejamento anual é algo tão importante que, com poucos meses até 2019, é preciso que os gestores das organizações de Saúde se questionem: como está o planejamento anual? Essa preocupação, na verdade, deve ser retomada mensalmente, para que as medições de qualidade dos resultados e organização na execução dos processos estejam alinhados aos objetivos da instituição.

Para essa garantia, o papel de líder que o gestor é preponderante tanto na elaboração do planejamento quanto na apuração dos resultados. Conforme Marcelo Nascimento, especialista em administração hospitalar, além da mensuração é necessário organizar as informações e dados em uma planilha de indicadores. Medir os resultados mensalmente, avaliá-los como qualitativos e quantitativos e apresentar planos de ação focados na melhoria e estabilidade dos processos também faz parte das atribuições de um bom líder. “Isso não quer dizer que essa planilha deva ser analisada apenas no final do mês”, ressaltou Nascimento.

Ainda de acordo com Nascimento, a função do líder vai além de analisar corriqueiramente os resultados, ele deve também saber também identificar fraquezas. “O verdadeiro líder analisa os resultados no dia-a-dia e já faz as correções de rota. Do contrário, só conseguirá enxergar as não conformidades no final do período, ou seja, os erros que aconteceram no início do período, certamente se repetiram ao longo do mês. Imagine o gestor que analisa resultados somente no final do ano, passará o ano todo repetindo os erros e comprometendo os recursos da organização. A verdadeira gestão requer análise diária dos resultados”, argumentou.

Na elaboração do planejamento anual o gestor deve elencar os principais pontos que devem ser considerados na elaboração estratégica. Conforme o especialista em administração hospitalar, devem ser considerados “em primeiro lugar os sonhos da alta direção”, recomendou. “A visão, ou seja, o sonho com data marcada para acontecer. Essa é a bússola. Devemos considerar também os cenários interno e externo; afinal precisamos ter certeza de que temos as forças necessárias para chegar ao destino sonhado pela alta direção. Devemos evidenciar o que está bom e pode ser melhorado, bem como o que está ruim e deve ser eliminado ou minimizado. As competências que temos e aquelas que deverão ser adquiridas. E por fim, estabelecer os prazos para conclusão dos projetos”, esclareceu.

Em um cenário de incertezas políticas e econômicas como o atual, quanto antes o planejamento anual do hospital estiver traçado, melhores serão as condições que o gestor terá para tomada de decisões futuras. Uma gestão madura e calcada na visão clara e horizontal dos processos consegue dirigir o negócio com estabilidade e, principalmente, fornecer o propósito de qualquer organização de Saúde: qualidade do atendimento e segurança do cliente.

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