Tema será abordado em painel durante o I Congresso Brasileiro de Maturidade de Gestão na Saúde
Por Editorial GesSaúde
A revolução industrial 4.0 é caracterizada por novas formas de produção que englobam as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e Tecnologia da Informação (TI). Mas esse conceito não se resume somente ao setor industrial. A Saúde também é impactada por essa transformação, em conceito que vem sendo chamado de Saúde Digital. Ela consiste em uma organização altamente automatizada, com tecnologias que tornam os processos mais eficientes e geram uma massa de dados que são fundamentais para a tomada de decisão.
O tema será abordado no I Congresso Brasileiro de Maturidade de Gestão na Saúde, durante o painel Transformação Digital e Revolução 4.0 na Saúde: Uma verdadeira transformação. A primeira palestra será comandada por Claudio Giulliano, líder da Folks Consultoria e da HIMSS Analytics Latin America, com o tema “Certificação HIMSS – A tecnologia auxiliando a assistência e segurança do paciente”
Em entrevista ao Portal GesSaúde, Giulliano destaca a velocidade das transformações tecnológicas no setor. “Há 15 anos não se imaginava o mundo que vivemos atualmente. Não havia Iphone, o Facebook engatinhava. O mesmo acontece na Saúde. Estamos assistindo ao surgimento de diversas tecnologias disruptivas, como Internet das Coisas, Inteligência Artificial, entre outras.”
O especialista acredita que o grande ponto é pensar como a TI irá criar equilíbrio e sustentabilidade para um sistema de Saúde que se vê pressionado pelo crescente aumento dos custos assistenciais. Pesquisa recente do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS) aponta que a estimativa é que as despesas assistenciais das operadoras cheguem a R$ 396,4 bilhões em 2030, um avanço de 272,8% em relação aos R$ 106,3 bilhões constatados em 2014.
A saída, conforme Giulliano, é utilizar a tecnologia como meio para otimizar a gestão. Ele cita duas importantes transformações da Saúde 4.0: o compartilhamento do prontuário, por meio da interoperabilidade de sistemas, e o uso de dispositivos móveis para coletar informações do paciente em tempo real. “Esses conceitos irão contribuir para uma população mais saudável e um sistema de saúde que deixa de lado o foco somente no tratamento da doença, mirando na atenção e promoção à saúde. É assim que vamos garantir a sustentabilidade do setor.”
O gestor 4.0
Assim como a Saúde é transformada pela tecnologia, o gestor também precisa aprender a lidar com essas inovações. “Esse gestor deve estar muito atento sobre como a tecnologia pode ajudar nos aspectos operacionais clínicos e também na gestão propriamente dita. Ele deve olhar como aquela inovação vai apoiar o médico durante o atendimento, ou como a automatização irá mudar o departamento de faturamento. Ou seja, precisa identificar de forma a TI impacta no negócio, resolvendo seus principais problemas de operação. Com isso em mente, a efetividade e o resultado da aplicação da tecnologia serão otimizados”, destaca Giulliano.
Uma das principais tecnologias para se ficar de olho, segundo o especialista, é a Inteligência Artificial. Apesar de não ter sido criada especificamente para o setor de Saúde, seu potencial é de resolver inúmeros desafios das organizações e da assistência como um todo. “Ferramentas baseadas em IA tendem a se popularizar rapidamente e trazer grandes benefícios à Saúde, como um diagnóstico mais preciso e também melhorias no setor financeiro, apenas para citar alguns exemplos.”
O gestor do futuro precisa se preparar agora para todas as mudanças proporcionadas por essa revolução da Saúde Digital. Uma oportunidade é participar do I Congresso Brasileiro de Maturidade de Gestão na Saúde, que acontece no dia 1º de dezembro, no Hotel Novotel Jaraguá Conventions que fica localizado na Rua Martins Fontes, nº 71, Centro de São Paulo. Mais informações e ingressos, basta acessar o site oficial do congresso (https://www.congressomatgestao.com/).
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