Gestão de processos e fornecimento de equipamentos e insumos fazem parte do rol de facilidades para o trabalho do médico
Por Editorial GesSaúde
As organizações de Saúde estão constantemente centradas em fornecer qualidade no atendimento e segurança aos pacientes. Gestão de processos, garantindo rotinas claras e objetivas, equipes bem treinadas e engajadas são alguns dos aspectos que uma gestão madura utiliza para manter o cliente no centro do negócio. Na área assistencial, porém, os usuários não são os únicos que fazem parte da clientela.
No processo de maturidade de gestão, os médicos também devem ser tomados pela mesma definição de clientes. Por isso, é importante garantir que a operação do hospital esteja focada em fornecer todos os recursos necessários para a comodidade e facilidade à atuação desse profissional.
Entender o médico como um cliente demanda da gestão hospitalar compreender a forma de atuação do médico dentro da organização. Conforme a professora mestre Josiane Travençolo Silva, enfermeira docente do curso de Enfermagem e professora de Administração e Gestão em Enfermagem da Universidade Cruzeiro do Sul, o médico pode ser visto de duas formas pela gestão hospitalar:
- Interno: o cliente interno são os médicos contratados pela instituição que atendem e trazem pacientes para internações e procedimentos;
- Externo: os clientes externos, são os que atendem fora da organização e encaminham os pacientes para utilizações dos serviços considerados clientes ocasionais.
O preparo do hospital para que esse cliente possa ter o melhor desempenho e experiência demanda uma gestão de processos eficaz e madura, preparo de todas as equipes da instituição, além de uma administração eficaz de insumos. Josiane descreve em três pilares os focos de atenção da gestão nesse aspecto:
- Viabilizar normas e rotinas que facilitem a entrada desse cliente/médico na instituição;
- Disponibilizar equipamentos, insumos e suporte da equipe de saúde necessários para sua atuação;
- Proporcionar atendimento ágil e eficiente para receber os clientes/pacientes indicados pelo profissional.
“Os processos propostos devem atender às políticas de qualidade e segurança na assistência que foquem o paciente, envolvendo todos os colaboradores desde o nível inicial na recepção/entrada até a direção do hospital. Também é importante implementar um sistema de medidas que ajudem a unidade assistencial na identificação e acompanhamento das fragilidades e avaliação dos resultados de melhoria permanentemente”, comentou a docente ao reforçar a importância da gestão de processos no preparo do hospital para o trabalho do médico.
Engajamento
Com a casa organizada, outro fator importante à gestão hospitalar é trabalhar o engajamento da equipe médica, alinhando missão e objetivos estruturados pela organização de Saúde. Criar um núcleo de qualidade é apontado por Josiane como uma estratégia para alcançar essa meta. Nesse sentido, ela também sugere a construção de um sistema que estimule a participação e auto avaliação de todos os colaboradores e grupos multidisciplinares, utilizando para isso incentivo à educação permanente e pesquisas, aprimorando cada vez mais o trabalho interdisciplinar.
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