A qualidade das entregas e a comunicação clara entre os times fornecem ao gestor subsídios para avaliar a produtividade do trabalho em home office
Por Editorial GesSaúde
Para todas as indústrias, a adaptação para o trabalho remoto, ou home office, apresentou desafios e benefícios. Muito embora a pandemia dê sinais de enfraquecimento, em muitas organizações de Saúde as pessoas ainda têm receio de retomar a atuação presencial. Em outras situações, atuar à distância permitiu novas frentes de atuação. Não importa o cenário, esse modelo de trabalho demanda que o gestor aplique habilidades modernas de gerenciamento das equipes e ampliação do engajamento.
O momento pede parcimônia e compreensão. Uma liderança efetiva sabe escutar os liderados e adaptar a operação para situações individuais. É importante manter a equipe coesa e engajada. As dificuldades, quando persistirem, devem fazer parte do diálogo claro entre gestor e colaborador. Contudo, se a organização de Saúde já possui uma frequência de trabalho pelo home office, a gestão deve estar atenta para a qualidade das entregas.
Avaliação
No modelo presencial, os gestores se valiam das horas trabalhadas para analisar a produtividade das equipes. Com a ausência do escritório, cada pessoa adquiriu um ritmo operacional. Ou seja, não importa onde estiverem, a métrica para a produtividade aqui é a qualidade das entregas. Claro, cada área tem prazos particulares que devem ser cumpridos para a eficiência do negócio como um todo. Por isso, mais uma vez o gestor deve manter uma comunicação clara com seus colaboradores.
Treinamento
Diversas ferramentas digitais facilitam o relacionamento entre os profissionais. Reuniões, acompanhamento de rotinas e tarefas também podem ser acompanhadas com facilidade através das novas tecnologias. Contudo, antes de incorporar inovações para o trabalho home office, é importante fornecer treinamento para as equipes. Muitas vezes, uma dificuldade operacional pode ser sanada pela melhor interação entre pessoas e ferramentas.
Checagem
Com tantas demandas surgindo constantemente, é fundamental criar rotinas de checagem. Check-lists diários podem facilitar a gestão tanto da rotina do líder quanto auxiliar seus liderados na execução das tarefas: quais são as tarefas já executadas e as que estão por fazer. Os rituais de acompanhamento e checagem devem acontecer no primeiro e último horários do expediente.
O gestor pode se valer do home office para melhorar não apenas a gestão de equipes. Quando a produtividade é elevada e o engajamento acontece de forma natural, os resultados empresariais surgem com mais eficiência. Os desperdícios de tempo e insumo são reduzidos. Os serviços recebem valor agregado, sentido diretamente pelo cliente. Por todos os benefícios, o gestor consegue se destacar pela boa condução das equipes que estão em home office – um modelo que, para muitas instituições, ainda demanda muito aprendizado e energia para adaptação.
Sobre Roberto Gordilho
Roberto Gordilho é fundador e CEO da GesSaúde, professor, palestrante, apresentador do Canal GesSaúde no YouTube, autor do livro “Maturidade de Gestão Hospitalar e Transformação Digital, os caminhos para o futuro da Saúde”.