Liderança

Como desenvolver a inteligência emocional dos líderes e equipes na Saúde

Saiba como desenvolver a inteligência emocional dos líderes e equipes na saúde, quais os benefícios e como aplicar essa competência no cotidiano profissional

Por Roberto Gordilho

A inteligência emocional é a capacidade de reconhecer, entender e gerenciar as próprias emoções e as emoções dos outros. É uma habilidade essencial para os profissionais da Saúde, que lidam com situações adversas, estresse, pressão e desafios no seu cotidiano. Além disso, a inteligência emocional é fundamental para estabelecer uma comunicação eficaz, uma empatia genuína e uma liderança inspiradora nas organizações de saúde.

O que é inteligência emocional

O conceito de inteligência emocional foi popularizado pelo psicólogo Daniel Goleman, que identificou cinco pilares que compõem essa competência:

Autoconhecimento: é a capacidade de identificar e compreender os próprios sentimentos, emoções, pontos fortes e fracos, valores e motivações.

Autogestão: é a habilidade de controlar e regular as próprias emoções, especialmente as negativas, como raiva, medo, ansiedade e frustração. Também envolve a capacidade de adaptar-se às mudanças, ser flexível, criativo e resiliente.

Consciência social: trata-se de perceber e entender as emoções, necessidades, expectativas e comportamentos dos outros, tanto verbalmente quanto não verbalmente. Também inclui a capacidade de reconhecer e respeitar as diferenças individuais e culturais.

Habilidades sociais: saber se relacionar e interagir de forma positiva, assertiva e cooperativa com os outros, construindo relações de confiança, respeito e harmonia. Também abrange a capacidade de resolver conflitos, negociar, persuadir e influenciar.

Empatia: se colocar no lugar do outro, compreendendo sua perspectiva, seus sentimentos e suas reações, sem julgar ou criticar. Também implica em demonstrar interesse, atenção e cuidado pelo outro, oferecendo apoio e feedback.

Benefícios na Saúde

A inteligência emocional é uma das competências mais valorizadas e requisitadas para os líderes e gestores de organizações de saúde, pois traz diversos benefícios para o desempenho individual e coletivo, tais como:

  • Melhora a qualidade das entregas finais aos clientes, pois os profissionais são capazes de compreender suas necessidades, expectativas e emoções, oferecendo um tratamento humanizado, personalizado e eficaz.
  • Por consequência, isso aumenta a satisfação e a fidelização dos clientes, de modo que as pessoas envolvidas em todo o trabalho são hábeis para estabelecer uma relação de confiança, respeito e empatia, transmitindo segurança, tranquilidade e credibilidade.
  • Reduz o estresse e o burnout: pois o profissional de Saúde é capaz de lidar com as situações adversas, as pressões e os desafios do cotidiano, sem se deixar abalar emocionalmente, mantendo o equilíbrio e a saúde mental.
  • Potencializa a produtividade e a qualidade do trabalho: os liderados são capazes de se concentrar, se organizar, se motivar e se superar, buscando sempre a excelência e a inovação.
  • Favorece o trabalho em equipe: pois o profissional de saúde é capaz de se comunicar, se relacionar e se integrar com os colegas, compartilhando conhecimentos, experiências e ideias, colaborando para o alcance dos objetivos comuns.
  • Fortalece a liderança: líderes com inteligência emocional bem desenvolvida podem inspirar, orientar e desenvolver os colaboradores, reconhecendo seus talentos, valorizando seus esforços e estimulando seu crescimento.

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Desenvolvendo a inteligência emocional 

Para desenvolver a inteligência emocional dos líderes e equipes na saúde, é preciso, antes de tudo, que o gestor desenvolva a sua própria inteligência emocional, pois ele é o modelo e o referencial para os demais. Para isso, o gestor deve:

  1. Investir no autoconhecimento, identificando seus sentimentos, emoções, pontos fortes e fracos, valores e motivações, através de reflexões, feedbacks, testes e ferramentas de autoavaliação.
  2. Praticar a autogestão, buscando controlar e regular suas emoções, especialmente as negativas, através de técnicas de respiração, relaxamento, meditação e mindfulness. Também deve buscar adaptar-se às mudanças, ser flexível, criativo e resiliente, enfrentando os problemas com soluções e não com desculpas.
  3. Desenvolver a consciência social, percebendo e entendendo as emoções, necessidades, expectativas e comportamentos dos outros, através da observação, da escuta ativa e da comunicação não violenta. Também deve buscar reconhecer e respeitar as diferenças individuais e culturais, valorizando a diversidade e a inclusão.
  4. Aperfeiçoar as habilidades sociais, se relacionar e interagir de forma positiva, assertiva e cooperativa com os outros, através da cordialidade, da educação e da gentileza. Também deve buscar resolver conflitos, negociar, persuadir e influenciar, usando argumentos racionais e emocionais, sem impor ou manipular.
  5. Cultivar a empatia, se colocar no lugar do outro, compreendendo sua perspectiva, seus sentimentos e suas reações, através da sensibilidade, da compaixão e da generosidade. Também deve buscar demonstrar interesse, atenção e cuidado pelo outro, oferecendo apoio e feedback.

Além de desenvolver a sua própria inteligência emocional, o gestor deve estimular e facilitar o desenvolvimento da inteligência emocional dos líderes e equipes na saúde, através de:

  • Treinamentos, cursos, palestras, workshops e outras atividades de capacitação e sensibilização sobre o tema, abordando os conceitos, os benefícios e as estratégias para desenvolver a inteligência emocional.
  • Avaliações, feedbacks, coaching e mentoring, visando identificar os pontos fortes e fracos, as oportunidades e as ameaças, os objetivos e as metas de cada profissional, oferecendo orientação, acompanhamento e reconhecimento.
  • Projetos, desafios, jogos e dinâmicas, visando estimular o trabalho em equipe, a criatividade, a inovação, a resolução de problemas, a comunicação, a colaboração e a integração entre os profissionais, promovendo um clima organizacional positivo e saudável.

Desenvolver a inteligência emocional dos líderes e equipes na saúde é um processo contínuo, que requer comprometimento, dedicação e persistência. Os resultados, porém, são compensadores, pois trazem benefícios para os profissionais, para os clientes e, claro, para toda a organização de Saúde.

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