Gestão da Saúde

Assistência na Saúde é meio e não fim

A humanização da Saúde demanda profissionalizar a gestão e compreender que uma assistência de qualidade é o caminho para esse processo

Por Roberto Gordilho*

O resultado é a sobrevivência e a preservação da organização. Por décadas essa retórica foi pouco compreendida pelas instituições de Saúde, que mantiveram a visão da assistência distante da visão empresarial. Com as recentes transformações, essa cultura, enfim, foi transformada. Ou seja, cada vez mais as organizações estão buscando a profissionalização da gestão, ao passo que conquistam o equilíbrio entre a segurança do negócio e bons resultados advindos de uma assistência qualificada e voltada para a humanização e resolutividade da Saúde.

A empresarialização do setor é uma realidade que a duras penas conquistou a preocupação da alta gestão dos hospitais e instituições do setor. Porém, uma lacuna foi aberta durante o processo de maturidade dessa cultura. A assistência sempre foi vista como fim em si mesmo, descasada dos resultados empresariais. Com as transformações aceleradas e disruptivas, muitos gestores se viram na necessidade de compreender que essa retórica está ultrapassada. Afinal, qualquer instituição de Saúde para prestar uma boa assistência precisa de recursos que são finitos.

Em resumo: a assistência é meio para a conquista dos resultados, e não o fim. 

Mindset

A transformação do pensamento organizacional não deixa de compreender e fortalecer a importância da assistência para toda a cadeia da Saúde. Para que isso aconteça, é necessário que a instituição sobreviva, cresça e tenha condições de executar a sua missão. Para que haja uma boa assistência, é necessária uma estrutura empresarial que transforme esta assistência em resultados concretos com um backoffice capacitado, planejamento empresarial e gestão integrada entre todas as áreas. 

Assim, a gestão profissional deve equilibrar a importância da assistência com o poder e suporte do backoffice. Ou seja, os negócios em Saúde dependem de um equilíbrio entre a visão assistencial e a visão empresarial. É preciso, portanto, gerir finanças, recursos humanos, diretorias técnicas, processos e outra série de ambientes que apenas uma gestão profissional compreende e sabe executar com eficiência

Empresarialização

No mercado atual é impossível pensar em empresas que conseguem resultados sem estratégias e táticas de gestão modernas. Garantir a melhor experiência e satisfação do cliente deixou há décadas de ser um diferencial competitivo. É fundamental que as organizações se estruturem com uma gestão profissional para prover uma assistência resolutiva e de qualidade que gere resultados para a organização. É uma miríade de transformações que está na lista de desafios de muitos dos gestores que ainda não compreenderam a seguinte realidade: assistência é meio, e não fim para alcançar os resultados.

A concorrência sempre foi esmagadora. Agora, o cenário é que devora cargos e carreiras. 

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