Maturidade de gestão

Conheça 4 modelos de liderança na Saúde

Cada perfil de liderança na Saúde impacta diretamente na entrega de resultados da equipe e, por isso, é preciso estar aberto para entender a melhor forma de engajar as pessoas

Por Roberto Gordilho

A pandemia da Covid-19 acelerou mudanças consideradas inevitáveis para a gestão de pessoas. O modelo de mentalidade previsível, processual e hierárquico deu lugar a relações mais humanas e colaborativas. Essa foi uma das avaliações apontadas por especialistas da Great Place To Work (GPTW), responsável pelo relatório Tendências de Gestão de Pessoas 2022. 

E na Saúde, um setor puramente feito por pessoas que cuidam de pessoas, essa realidade se torna ainda mais latente. Para as organizações, é muito importante que os líderes despertem suas atenções para questões como o bem-estar dos colaboradores e construir um ambiente de trabalho inclusivo e acolhedor. Isso sem falar em oferecer oportunidades reais de crescimento com grande foco no resultado. 

Para que isso aconteça, é preciso um modelo de liderança que esteja conectado com esses valores. Então, conheça alguns perfis de liderança e como eles impactam no engajamento e entrega de resultados. 

Autocrático

O líder autocrático assume uma postura mais firme e autoritária. Concentra todas as decisões da equipe, controla processos e responsabilidades. Esse perfil de liderança nem sempre está aberto a ouvir e compreender outros pontos de vista. O engajamento aqui costuma ser muito baixo – o que impacta diretamente a entrega de resultados.

Democrático

Esse perfil de liderança se aproxima muito dos valores e novos paradigmas da gestão de pessoas em organizações de Saúde. O líder democrático está aberto a opiniões e novos pontos de vista. Divide com a equipe as responsabilidades e conquistas. Aqui os feedbacks acontecem em via dupla: o líder democrático também quer saber como está sendo avaliado pelos liderados. A grande questão neste perfil é dosar a democracia com o foco na entrega de resultados.

Liberal 

Nesse modelo de liderança, o líder concede liberdade para a tomada de decisões individual ou em grupo. O desafio aqui é justamente não se tornar um gestor distante da equipe e atuar apenas quando for requisitado. Esse perfil também é conhecido como laissez faire (que significa “deixai fazer”, em tradução livre do francês). Possui o desafio de não se tornar o “mestre do magos”, o líder que some e deixa tudo por conta da equipe, O desafio é a delegação sem delargação.

Situacional

Agora,  a liderança situacional está muito mais próxima das atuais necessidades de relação empática e habilidade adaptativa. Isso porque, o líder situacional consegue gerir sua equipe de acordo com o momento em que se encontra a organização e o mercado como um todo. São vistos como líderes de alta performance, justamente pela capacidade de adaptar o modelo de liderança conforme o contexto. Estão abertos a novas opiniões e abordagens para os mais variados desafios.

De maneira geral, o papel do líder é orientar e conduzir o time para o sucesso. Isso significa atuar de maneira analítica, permitindo que cada colaborador tenha suporte para contribuir com a entrega de resultados. O líder se destaca pela performance do grupo, e não por suas ações individuais e centralizadoras. 

Agora que você conhece alguns dos perfis de liderança, consulte sua equipe sobre em qual deles você mais se encaixa – e esteja aberto para entender quais métodos podem contribuir para aumentar o engajamento do time.

Não existe um perfil único para todas as situações, em geral o líder de alta performance possui os quatro perfis e tem a sabedoria para utilizar o perfil mais adequado a cada situação.

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