Maturidade de gestão

Maturidade de gestão hospitalar: reversão de fraquezas gerenciais

Como aumentar a eficiência diminuindo problemas recorrentes e investindo em uma gestão mais eficaz

Por editorial GesSaúde

Cada vez que uma instituição de Saúde identifica suas fraquezas e procura melhorá-las, investindo no fortalecimento de sua gestão, está ao mesmo tempo aumentando a força de seus serviços e da entrega do produto final, que é um melhor atendimento ao seu paciente. Saber trabalhar esse processo de forma responsável e eficaz é o caminho para alcançar a maturidade de gestão hospitalar.

Os primeiros passos neste caminho são identificar onde a instituição está em matéria de gestão e definir onde se quer chegar e, para isso, é importante a realização ou a atualização do planejamento estratégico e a elaboração de um plano empresarial.

Plano estratégico

Uma vez definido o posicionamento estratégico, que permite a instituição identificar forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, a organização poderá traçar  metas, definir indicadores e  elaborar o orçamento para acompanhar esses objetivos. Depois desse processo,  é hora de focar na identificação e solução dos problemas que geram ineficiência e desviam do caminho desejado.

Um planejamento só é válido se tiver acompanhamento, por isso é importante haver reuniões mensais de acompanhamento de resultados, capazes de acompanhar os indicadores, realizar as avaliações e definir ações para realinhar a operação em direção aos objetivos definidos.

Acompanhar indicadores é acima de tudo um ato de disciplina, porque, mais do que ter indicadores para tudo, a instituição de Saúde precisa se perguntar se eles são os  indicadores que a instituição precisa, se estão alinhados ao plano estratégico,  se são avaliados de forma sistemática e se as ações são tomadas em caso de identificação de resultados fora do desejado.

Ter indicadores e não avaliá-los é pior que não tê-los, pois gastou-se tempo na elaboração e na coleta dos dados, e este esforço deve ser avaliado de forma sistemática e periódica para reorientar as ações.

Revisão de processos

Apesar das instituições de Saúde usarem sistemas informatizados de gestão para otimizar seus processos, não é raro eles terem sido elaborados em épocas passadas e precisarem ser revisados e incorporados com as boas práticas atuais. Feito isso, haverá uma tendência maior em ganhar eficiência, reduzir desperdícios, melhorar a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes, além de atingir um aumento no faturamento.

Uma questão importante a ser considerada na revisão dos processos é a busca de um alinhamento completo da operação para entregar os objetivos e metas traçados, que pode também ser feito nas reuniões de monitoramento do plano estratégico.

Reduzindo fraquezas, aumentando forças

A identificação de problemas e a procura por resolvê-los é o tema da 26º edição do Congresso de Presidentes, Provedores, Diretores e Administradores Hospitalares de Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), realizado entre os dias 2 e 5 de maio em Atibaia, no interior de São Paulo. Com o tema “Interdependência: reduzindo fraquezas, aumentando forças”, o encontro é palco para discussão sobre a necessidade de interação das Santas Casas e hospitais beneficentes com os governos municipais, estaduais, federal e com a comunidade.

Segundo Roberto Gordilho, diretor da GesSaúde, além da busca por soluções externas através da interação com os diversos níveis de governo, é importante as instituições olharem para dentro, para identificar e buscar soluções para problemas internos que geram desperdícios, perdas de faturamento, custos desnecessários, aumento do ciclo de faturamento e outros que estão ao alcance dos gestores e, em geral, não dependem de agentes externos para sua solução.

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