A transformação no mercado da Saúde exige uma mudança no mindset das organizações, o que implica na gestão de processos e aplicação de novas tecnologias
Por Fabiana Freitas*
A Saúde está passando por um novo ciclo de transformações que vai exigir das instituições uma mudança profunda na forma de gestão. O ingresso de novas tecnologias, mudança no modelo de remuneração e diversas outras alterações estão chegando de forma muito mais rápida da qual o setor está acostumado. Investir em soluções digitais, automatizar processos e melhorar o parque tecnológico são ações que podem promover qualidade na entrega de serviços e maior segurança ao paciente. Porém, esses retornos podem ser baixos quando a operação do hospital não está bem elaborada, equipes sem preparo e capacitação para lidar com as tecnologias e processos sem reformulação estrutural.
A gestão por processos é uma constante para organizações de Saúde que procuram otimizar suas rotinas sem perder eficiência. Além disso, compreender que a operação de um hospital é executada por pessoas e para pessoas é uma forma de manter um nível desejável de engajamento das equipes. Para que os grupos de trabalho possam executar as funções de forma orgânica e eficiente, o workflow (fluxo de trabalho) da instituição deve estar bem elaborado, levando em consideração a estrutura disponível para cada seção, tecnologias e profissionais. Outro aspecto importante é a interligação dos processos – saber como cada entrega deve estar de acordo com o processo seguinte.
A operação de um hospital não pode parar, por isso, organizar a casa enquanto os serviços são prestados prevalece como um dos desafios que gestores encontram. Com a instituição organizada, as tecnologias podem fazer seu papel, otimizando tarefas, acelerando processos com taxas pequenas de erros. E por isso é importante que o gestor esteja a par das inovações fornecidas pelo mercado. Realizar investimentos em soluções inovadoras pode trazer grandes benefícios ou riscos quando não se prepara a utilização plena do produto adquirido, deve-se levar em consideração que a sua absorção pela equipe precisa ser otimizada conforme a complexidade da organização e principalmente se as equipes estão preparadas para lidar com a novidade.
A inovação nos hospitais passa pela elaboração de estratégias que direcionem a instituição para fornecer qualidade, segurança e acesso aos usuários. E a gestão de processos tem papel fundamental nesses pilares, pois lida diretamente com as pessoas (que recebem os serviços e as que estão internamente ligadas com cada processo da operação). E o uso da tecnologia pode fornecer subsídios para melhorar a condução do negócio e manter o hospital atualizado com as novidades que surgem com frequência no mercado.
*Fabiana Freitas é sócia da GesSaúde. Administradora, também é especialista em gerenciamento de processos com foco em BPM e modelagem por BPMN. Possui especialização em desenvolvimento e gerenciamento integrado, bem como logística empresarial.
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