Gestão Hospitalar

Campanha de Segurança do Paciente: atenção às práticas de cuidado

O mais importante é saber como agir nas diversas áreas da organização para efetivar uma assistência segura

Por Priscilla Martins*

O Ministério da Saúde lançou mais uma edição da campanha Abril pela Segurança do Paciente que ficará em vigor durante todo o ano como uma maneira de divulgar o papel de todos os agentes e unidades de Saúde na promoção da segurança do paciente, além de compartilhar conhecimentos e práticas de segurança. As organizações de Saúde também aderiram a esta campanha e já estão realizando várias atividades em seu local de trabalho. E não é incomum encontrar nas redes sociais hashtags como #SegurançaDoPaciente #AbrilPeloPacienteSeguro #AbrilPelaSegurançaDoPaciente e isto demonstra as aderências das diversas campanhas realizadas.

O intuito da campanha também é alertar o paciente, acompanhante e família de que também possuem papéis importantes no cuidado, como sempre comunicar sobre presença de alergias e medicamentos trazidos do domicílio, estar atendo se o profissional de Saúde confirmou seus dados de identificação como nome e data de nascimento, além de serem participativos do cuidado interagindo com os profissionais da assistência e questionando o que achar necessário sobre como proceder, quais as condutas e efeitos colaterais.

O mais importante que aderir às campanhas é saber como agir em nossos locais de trabalho sempre visando a segurança do paciente nas diversas áreas desde a portaria, perpassando pela engenharia clínica, serviço de hotelaria e higienização, centro cirúrgico unidades fechadas de cuidado e demais serviços assistenciais. Os eventos adversos em serviços de Saúde ocorrem em cerca de 10% dos pacientes internados. Isso mostra que o tema é de relevância não apenas para o mês de abril e que as ações do NSP (Núcleo de Segurança do Paciente) devem acontecer de forma contínua nos Serviços de Saúde. De de acordo com o II anuário da segurança assistencial hospitalar no Brasil, aproximadamente 30% a 36% dos óbitos ocasionados por eventos adversos graves, poderiam ter sido evitados.

Conforme o estabelecido na RDC36/2013 o Núcleo de Segurança do Paciente será responsável por elaborar, executar e monitorar as ações e estratégias para a promoção da segurança do paciente e realizar a vigilância dos incidentes relacionados a assistência à saúde.

Lembrem-se: ações simples e de baixo custo podem auxiliar na promoção da segurança do paciente e agregar grande valor no processo das instituições. Os líderes devem possuir uma boa comunicação com o seu grupo de trabalho para que as atividades sejam realizadas seguindo os protocolos, não apenas para cumprir as rotinas, mas para que as equipes sejam conscientes do seu importante papel no cuidado ao outro. É necessário saber quais são os protocolos de segurança, gerenciar os riscos, e principalmente tratar e acompanhar as ações estabelecidas.

*Priscilla Martins é enfermeira, especialista na área assistencial e consultora da GesSaúde. É classificadora de risco pelo protocolo de Manchester; especialista em enfermagem com ênfase em nefrologia e pós graduada em Gerenciamento de projetos.

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