Mudanças processuais e inserção de novas tecnologias fazem parte da dinâmica da transformação digital no setor de Saúde, mas pedem adaptação e amparo às equipes
Por Roberto Gordilho
A transformação digital da nova era mercadológica tem implicado em desafios para a saúde mental dos colaboradores. Líderes e gestores que dominam estratégias voltadas para o bem-estar e ampliação da qualidade da condução dos trabalhos adquirem reconhecimento e destaque dentro da organização. Isso porque, o tempo e adoção de novas ferramentas apresentam desafios diários para os colaboradores.
Além disso, as pessoas ainda estão se adaptando aos novos modelos de trabalho, como o home office. E, por isso, os gestores que querem conquistar reconhecimento devem auxiliar suas equipes durante a adaptação à transformação digital.
O zoom fatigue é um exemplo das intercorrências provocadas pelo uso excessivo de ferramentas digitais. A expressão representa o esgotamento provocado pelo excesso de reuniões por vídeo chamadas. O termo tem origem em um estudo da universidade de Stanford. A pesquisa também relaciona outras complicações à saúde mental dos colaboradores provocadas pelas mudanças no mundo digital.
E para os líderes e gestores do setor, é o momento de redobrar a atenção sobre a gestão dos recursos humanos. Ou melhor, é preciso aprimorar as estratégias voltadas para o bem-estar e segurança emocional dos profissionais – principalmente em um ambiente desafiador, como o da pandemia Covid-19. E, com isso, angariar destaque e reconhecimento no mercado e com a alta gestão da organização.
Produção
O processo de transformação digital na Saúde implicou na digitalização de grande parte da cadeia produtiva e operacional dos negócios. Dessa forma, o distanciamento social é outro ponto que influencia o surgimento de complicações para a saúde mental. Líderes e gestores devem, por exemplo, usar a produtividade como aspecto inicial de acompanhamento bem estar-emocional dos profissionais:
- Em queda, a produtividade pode indicar estratégias para melhorar a interação do trabalhador com a operação;
- Em alta, por outro lado, a produtividade aponta quais são os hábitos e ferramentas digitais que podem ser ampliados para o bem-estar das equipes. Afinal, nem todos estão adaptados para transpor o modelo analógico de operação para o mundo online.
Organização
A melhor forma de conseguir engajamento é por meio do exemplo. O líder deve saber organizar a rotina de forma a impactar de maneira justa as demais áreas interligadas. Essa é uma maneira de apresentar aos colaboradores um modelo de trabalho mais dinâmico e autônomo. É preciso equacionar o tempo investido em reuniões por vídeo chamadas.
Na transformação digital, as pessoas estão online durante quase toda a jornada. Isso não significa, contudo, que estão disponíveis para interromper suas atividades para reuniões que poderiam ser resolvidas por e-mail ou mensagens por mídias sociais e grupos de comunicação.
Processos
Os processos empresariais são as bases para qualquer tipo de transformação dentro das organizações de Saúde. As rotinas precisam fluir de forma orgânica e ágil antes mesmo da implantação de novas tecnologias. O gestor que domina a composição de processos e a transposição para o mundo digital se destaca não apenas dentro do negócio: é um requisito cada vez mais importante para a solidificação de carreiras na Saúde. A melhoria de processos também reflete na qualidade de entregas e facilidade na operação para os colaboradores.
Por isso, a gestão de processos deve estar focada na atuação de cada membro das equipes. É necessário simplificar atividades, reduzir etapas de entrega e transpor todo o funcionamento para ferramentas de automação e monitoramento em tempo real. Isso garante suporte técnico para os profissionais e elimina desperdício de tempo. A consequência é a redução do estresse com adaptação às novas tecnologias.
*Acompanhe Roberto Gordilho nas redes sociais e se atualize diariamente com o melhor conteúdo de gestão na Saúde:
Siga Roberto Gordilho nas Redes Sociais:
Sobre Roberto Gordilho
Roberto Gordilho é fundador e CEO da GesSaúde, professor, palestrante, apresentador do Canal GesSaúde no YouTube, autor do livro “Maturidade de Gestão Hospitalar e Transformação Digital, os caminhos para o futuro da Saúde”.
Foi fundador e diretor das empresas EXE Sistemas e Extreme Tecnologia, além de ter sido por 08 anos diretor da MV, onde coordenou projetos de implantação em mais de 300 hospitais no Brasil, Chile, México e República Dominicana.
Formado em Processamento de Dados com especializações em Desenvolvimento Web, Sistemas de Informação e Engenharia de Software, além de Finanças, Contabilidade e Auditoria pela FGV, possui cursos de formação executiva na Kellogg Business School (Chicago) e Universidade da Califórnia (Irvine), participou também do programa de inovação Learn Experience em São Francisco.