E para se destacar na Saúde, o gestor deve transformar a forma de executar o planejamento estratégico e envolver todas as áreas da instituição
Por Roberto Gordilho*
O planejamento estratégico na Saúde mudou. Antes da pandemia, esse era um processo pensado de forma contínua ao longo dos anos. Ou seja, o planejamento estratégico para 2019 era pensado como uma continuidade do ano anterior e, assim, sucessivamente. Porém, essa dinâmica foi fortemente transformada pela crise. Novos objetivos e metas precisam ser estipulados no novo cenário que a Saúde está vivenciando. Essa é uma das habilidades que conferem destaque e reconhecimento para os gestores modernos.
Uma das formas para nortear o planejamento estratégico nessa nova fase, é utilizar o Balanced Scorecard, ou BSC. Trata-se de uma metodologia voltada para orientar a organização a compreender sua situação dentro de quatro perspectivas fundamentais:
- Perspectiva financeira: aqui são estabelecidas as metas, caminhos e objetivos para atender aos ideais financeiros da instituição e acionistas;
- Perspectiva do mercado: para atingir os objetivos financeiros, é preciso olhar para os clientes e compreender suas necessidades e demandas;
- Perspectiva dos processos internos: esta é a etapa de revisão e estruturação de processos voltados para atender os objetivos traçados nas perspectivas anteriores;
- Perspectiva de aprendizado: inovar e aprender são constantes na Saúde. Portanto, é preciso inserir essas características na cultura organizacional da instituição.
Engajamento
Além de perceber a necessidade de mudança no planejamento estratégico, é necessário expandi-lo para as áreas da organização. Ou seja, o gestor deve motivar as lideranças e equipes para compreenderem seus papéis dentro dos objetivos e metas dentro de cada perspectiva. É necessário, portanto, que cada área crie seus objetivos empresariais de acordo com as perspectivas do BSC.
O planejamento estratégico é essencial para o equilíbrio do negócio. Com ele, o gestor consegue ter em vista quais são as margens financeiras e serviços que podem ser ampliados. Para o profissional, por outro lado, dominar o BSC na elaboração do planejamento confere destaque. Isso porque, essa estratégia dinamiza o crescimento orgânico do negócio. Além disso, empodera cada área para a conquista das metas e objetivos, gerando engajamento dos colaboradores.
Dito de outra forma, a necessidade de transformar o planejamento estratégico é um caminho para o desenvolvimento de carreiras. É uma habilidade que envolve visão empresarial, união entre áreas e equipes e novas formas de ampliar os negócios. A continuidade do planejamento foi quebrada pela crise da Covid-19. Portanto, é o momento de gestores modernos aplicarem experiência e novos conhecimentos no sentido de engradecer e fortalecer as organizações de Saúde.
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Sobre Roberto Gordilho
Roberto Gordilho é fundador e CEO da GesSaúde, professor, palestrante, apresentador do Canal GesSaúde no YouTube, autor do livro “Maturidade de Gestão Hospitalar e Transformação Digital, os caminhos para o futuro da Saúde”.
Foi fundador e diretor das empresas EXE Sistemas e Extreme Tecnologia, além de ter sido por 08 anos diretor da MV, onde coordenou projetos de implantação em mais de 300 hospitais no Brasil, Chile, México e República Dominicana.
Formado em Processamento de Dados com especializações em Desenvolvimento Web, Sistemas de Informação e Engenharia de Software, além de Finanças, Contabilidade e Auditoria pela FGV, possui cursos de formação executiva na Kellogg Business School (Chicago) e Universidade da Califórnia (Irvine), participou também do programa de inovação Learn Experience em São Francisco.
