"Entidades maduras cumprem metas de forma sistemática, enquanto as imaturas alcançam seus objetivos por fruto de esforços individuais, mais ou menos de forma espontânea"
Paul Harmon, autor de "Evaluating an Organization's Business Process Maturity
A maturidade da gestão hospitalar é um conceito já difundido em grandes centros de medicina no exterior e que chega ao Brasil pela GesSaúde.
Uma administração bem desenvolvida depende da existência de uma visão que envolva todas as áreas internas, com a interligação de cinco pontos: governança corporativa, estratégia empresarial, tecnologias de gestão, gerenciamento de processos e gestão de pessoas. Culturalmente, no Brasil o processo é feito do formato inverso: o foco do gerenciamento de unidades de Saúde é desenvolvido isoladamente, entre departamentos.
Quando se fala em qualidade da gestão hospitalar, se pensa de imediato em investimentos em tecnologia. O estudo TIC Saúde, de 2015, revelou que 92% das unidades de Saúde do País têm computador e 77% possuem sistema eletrônico para gerenciamento e armazenamento de informações dos pacientes. Embora informatizadas, a maioria dos hospitais brasileiros utiliza menos da metade dos recursos disponíveis nas soluções de gestão, ficando em torno de 30% a 40%, segundo levantamento da GesSaúde.
A informatização dos hospitais contribui de forma significativa para seu melhor funcionamento e atendimento ao paciente, mas não resolve os problemas da gestão como um todo. "Para se atingir a maturidade de gestão hospitalar, é preciso que se consiga extrair ao máximo das ferramentas de gestão. Mas isso só é possível com processos bem estruturados que envolvam uma visão global e sistêmica da organização", explica Roberto Gordilho, fundador da GesSaúde.
Pesquisadores holandeses e espanhóis elaboraram um tipo de classificação para avaliar os hospitais da União Europeia de acordo com seu nível de maturidade.
O estudo foi publicado no British Medical Journal em 2009 concluiu que a maturidade da gestão hospitalar está associada a:
Pesquisadores holandeses e espanhóis elaboraram um tipo de classificação para avaliar os hospitais da União Europeia de acordo com seu nível de maturidade.O estudo foi publicado no British Medical Journal em 2009 concluiu que a maturidade da gestão hospitalar está associada a:
Unificação entre pessoas, tecnologia, estratégia, governança e processo
Administração ocorre em silos, por áreas, sem planejamento estratégico integrado, dependendo, portanto, somente de esforços individuais
Treinamento e capacitação de times para um melhor e mais efetivo uso das tecnologias
Mesmo que haja informatização, ferramentas não são utilizadas em toda sua capacidade. Funcionários não são treinados adequadamente para extrair delas indicadores e insights que melhorem e otimizem a gestão e o atendimento ao paciente
Ir além do básico oferecido e proposto pelos sistemas de gestão, a partir de uma visão administrativa profissionalizada e com vistas a resultados
A falta de planejamento integrado entre setores impede a otimização de recursos e a capacidade de enxergar gargalos que, uma vez corrigidos, resultam em uma melhora da rentabilidad
Menores taxas de complicações hospitalares, melhoria na rentabilidade e redução das glosas