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Inteligência emocional: vamos falar sobre automotivação

Automotivação é a capacidade de uma pessoa buscar em si mesma motivos e estímulos para alcançar seus objetivos e persistir na melhoria contínua

Por Roberto Gordilho

A vida dentro de uma organização de Saúde é cheia de desafios. É claro que por diversas vezes você já se sentiu desmotivado, e até pensou em abandonar seus objetivos e sonhos profissionais. Isso sem falar nos desafios diários de relacionamento e feedbacks mal interpretados ou mesmo negativos. É aqui que entra uma habilidade de gestão muito empoderadora: a automotivação. 

Vamos lá! Se você é líder e gestor, sabe que não tem como motivar pessoas e equipes sendo que você mesmo não acredita no rumo como as coisas estão caminhando na organização de Saúde. A automotivação é a capacidade que um profissional tem de buscar gatilhos e motivos que o levam a persistir na busca dos objetivos. 

Leila Navarro, coach palestrante e especialista em medicina comportamental, define da seguinte maneira:

“Automotivação é ter motivos para ação. É de onde a gente tira energia para tocar em frente, fazer, criar, impulsionar e até para suportar as perdas. A automotivação sempre foi uma coisa importante.”

Fácil, não é. Porém, é possível e muito potencializador aprender a se automotivar. Falo por experiência própria. 

Passeando pela Europa

Há mais de 10 anos, passei por uma experiência que poderia ser desmotivadora. Foi quando me deparei com o encerramento do meu ciclo como executivo dentro de uma grande empresa no mercado de Saúde. É claro que para amigos e colegas, a situação parecia ainda pior. 

Mas para mim, nem tanto. 

Senti, sim, que a situação que estava cômoda havia se acabado – desmotivação. Após refletir, decidi tirar um tempo de férias com a família. Foi quando percebi que poderia usar meus próprios estímulos para superar aquela situação e criar uma nova oportunidade. Afinal, assim como todo mundo, tenho contas, compromissos e objetivos particulares. Não poderia ficar sem trabalhar. 

Usei, então, meu gatilho motivacional: a pressão. Funciono muito bem sob pressão. Usei isso a meu favor. Mesmo durante a viagem, juntei todas as minhas responsabilidades, os projetos para minha família e usei essa força, a pressão, o estresse, para voltar a empreender. Criei a GesSaúde. 

Inteligência emocional

Entre consultorias e centenas de alunos formados, mantive a GesSaúde ativa e por diversas vezes me encontrei naquela situação de outrora, desmotivado e impelido a desistir de tudo. E por diversas vezes usei as técnicas de  inteligência emocional para dar a volta por cima. 

Você também pode trabalhar a automotivação para superar seus desafios. Vão aqui algumas dicas:

  • Encontre seus gatilhos mentais: são o que fazem você se movimentar, tomar atitude. Podem ser compromissos, contas a pagar. Não importa. Dentro de você existem fatores que despertam sua atenção.
  • Reserve um tempo só para você: meditar, se exercitar ou qualquer atividade que permita você refletir e amadurecer as ideias.
  • Lembre-se das suas conquistas: você chegou até aqui e tem seus troféus. Agarre nas lembranças boas, relembre como você se superou para superar desafios. Sua história não pode ser esquecida.
  • Recompense suas vitórias: após se sentir confiante para seguir em frente, dê a si mesmo recompensas a cada passo certo, a cada desafio superado.

E não se esqueça do apoio de pessoas próximas e sinceras. Afinal, mesmo que em alguns momentos você não se sinta confiante, sempre irá existir alguém que sabe do seu potencial e confia nas suas capacidades. 

No decorrer de nossa vida, passamos por situações estressantes e parece que não vamos dar conta devido a sobrecarga existente do dia a dia. 

Algumas estratégias são fundamentais para lidarmos com as pressões, medos e ansiedades. Precisamos primeiramente ter a consciência do que faz sentido para nós. Exemplo: Vejo propósito no curso ou atividade que estou fazendo hoje? Eu me enxergo nesta profissão? 

Quais ações posso realizar para tornar esta atividade ou prova da faculdade mais leve? Evito a procrastinação? Me planejo? Estudo antecipadamente? Troco ideias com os colegas e com os professores? 

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