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Inteligência emocional: o poder da empatia

Capacidade de se colocar no lugar do outro é habilidade cada vez mais exigida na liderança em Saúde; saiba como desenvolvê-la com minhas dicas

Por Roberto Gordilho

“Uma ponte construída a cada momento entre duas pessoas, automática e não-verbal, uma capacidade de prestar total atenção ao outro e perceber o que o outro está sentindo. Algo que vai além das palavras.”

Essa é a definição do psicólogo norte-americano Daniel Goleman, autor do livro best seller “Inteligência Emocional”, para uma habilidade que deveria estar em primeiro lugar entre as lideranças e as organizações que possuem inteligência emocional: a empatia.

Empatia é, resumidamente, a capacidade de se colocar no lugar do outro. A gente ouve falar muito de empatia relacionada à caridade, a fazer o bem sem olhar a quem, a ajudar o próximo. Porém, a empatia vem se tornando também uma importante soft skill no mundo dos negócios em Saúde. 

Pode parecer óbvio que é preciso ser empático em um setor que lida diariamente com pessoas sensibilizadas, por vezes com doenças séries, além de suas famílias naturalmente preocupadas com os entes queridos. Precisamos, assim, saber nos colocar no lugar delas para garantir a melhor assistência. 

Você pode, então, estar se perguntando a essa altura: e quando estamos falando do pessoal de backoffice, Roberto? Pois aí a empatia se torna ainda mais crucial, afinal, é preciso lembrar sempre de quem está lá na ponta, do propósito do serviço que se está prestando, que é sempre o cliente/paciente.

No entanto, não é só com o cliente/paciente que precisamos ser empáticos em uma organização de Saúde, não. Um dos principais valores de um gestor extraordinário é justamente a empatia com a sua equipe. 

Um líder empático pode ser definido como uma pessoa que tem a capacidade de demonstrar interesse genuíno pela sua equipe. Esse líder também consegue comunicar melhor o que a equipe precisa fazer, compreendendo suas dificuldades e virtudes e motivando-os a serem sempre melhores, despertando engajamento e tratando seus objetivos – e também suas conquistas – como se fossem dele próprio.

Voltando a Daniel Goleman, o especialista separa a empatia na liderança em 3 principais tipos:

  • Empatia Cognitiva: eu entendo como você vê o mundo e posso falar com você de um jeito que você compreende;
  • Empatia Emocional: eu entendo o que você sente porque eu sinto o mesmo;
  • Preocupação empática: eu me preocupo com você. “É isso o que distingue aquele chefe que as pessoas amam trabalhar para. É o tipo de empatia mais importante, que faz com que todos se sintam apoiados e protegidos, mesmo quando recebem um feedback negativo”, garantiu o estudioso em entrevista publicada pela Forbes.
  • Vamos à parte prática, então? Deixo aqui algumas dicas para aprender a ser um gestor mais empático:
  • Pratique o autoconhecimento: ele permite entender melhor os comportamentos e emoções do outro a partir de como você reagiria a determinadas situações.
  • Dê feedback continuamente: crie o hábito de dizer sempre onde sua equipe está acertando e onde está errando, e não somente nas avaliações de desempenho.
  • Ouça ativamente as pessoas: esteja aberto para ouvir tanto ideias e sugestões quanto reclamações. O canal de comunicação diminui a distância hierárquica.
  • Dê autonomia: prepare e incentive sua equipe para a autogestão, confiando na capacidade de julgamento e execução das pessoas.
  • Seja gentil: gentileza gera gentileza, já dizia o ditado. Não eleve o tom de voz, seja paciente, não chame a atenção de uma pessoa na frente de toda a equipe. 

Em resumo, o líder que entende, acolhe e prática ações de melhoria contínua em sua própria gestão tendo a empatia como base será, sem dúvida, notado na organização como um gestor extraordinário.

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