Para uma boa gestão de processos, é preciso integração com novas tecnologias e engajamento das equipes
Por Roberto Gordilho*
Ter uma gestão de processos eficiênte é uma das formas de entregar osresultados empresariais planejados pela organização de Saúde. Os processos são as bases de operação de qualquer negócio. Contudo, para se destacar no setor e ser reconhecido, o gestor deve não apenas conhecer e implantar ferramentas para otimização e automação das rotinas. É necessário o engajamento das pessoas para executar as atividades e também para o uso correto das tecnologias.
Na área assistencial, os protocolos regem grande parte da atuação dos profissionais. De maneira comparativa, eles são os processos dos profissionais da medicina e enfermagem. Contudo, para que tenham um suporte adequado, o back office precisa estar alinhado para atender às demandas assistenciais.
A gestão de processos na Saúde, portanto, implica em unir essas duas áreas para entregar os resultados empresariais – o que está diretamente ligado a um atendimento de qualidade e acessível para os clientes. Por isso, o fluxo que as rotinas devem seguir é o de integração de áreas, com entregas mais resolutivas.
No gerenciamento de processos, o gestor deve levar em consideração alguns pilares administrativos:
- Mapeamento dos processos: é preciso identificar a sequência lógica das atividades e de todo o fluxo de trabalho;
- Padronização: a etapa seguinte para uma boa gestão de processos é a padronização das rotinas. Dessa forma, cada entrega segue um padrão reconhecido pelos membros de todas as áreas;
- Modelagem: também conhecido como Business Process Modeling, a modelagem é a representação dos processos de um negócio. Com ele é possível estimar as intercorrências e propor formas de automação;
- Controle: os processos em andamento precisam ser medidos e monitorados frequentemente. Além disso, o gestor deve promover indicadores para melhorar a performance do controle.
Sinergia
Outra habilidade que aumenta o reconhecimento do gestor é a capacidade de engajar e motivar as pessoas a seguirem os processos. É necessário que os colaboradores tenham uma visão global das rotinas. Assim, cada pessoa compreende a importância de suas ações e pode melhorar as entregas e otimizar o tempo gasto em cada processo. Ao promover o engajamento, o gestor também conquista o senso de responsabilidade entre os liderados.
Com toda a operação padronizada, o momento de implantar tecnologias de automação também demanda transformação da cultura organizacional. Ou seja, antes de aplicar uma ferramenta, o gestor deve promover cursos de capacitação e atualização de aprendizados. Essa é uma forma de evitar que as tecnologias sejam deixadas de lado. Os recursos tecnológicos, quando são usados de maneira incorreta, podem acarretar em desperdício de tempo.
Por todos os benefícios à operação dos negócios em Saúde, o destaque do profissional que domina a gestão de processos é uma das consequências. E para isso, também se faz necessário que o gestor mantenha os conhecimentos atualizados. Afinal, estar familiarizado com as habilidades modernas de gerenciamento é um perfil com grande chances de se destacar no setor.
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Sobre Roberto Gordilho
Roberto Gordilho é fundador e CEO da GesSaúde, professor, palestrante, apresentador do Canal GesSaúde no YouTube, autor do livro “Maturidade de Gestão Hospitalar e Transformação Digital, os caminhos para o futuro da Saúde”.
Foi fundador e diretor das empresas EXE Sistemas e Extreme Tecnologia, além de ter sido por 08 anos diretor da MV, onde coordenou projetos de implantação em mais de 300 hospitais no Brasil, Chile, México e República Dominicana.
Formado em Processamento de Dados com especializações em Desenvolvimento Web, Sistemas de Informação e Engenharia de Software, além de Finanças, Contabilidade e Auditoria pela FGV, possui cursos de formação executiva na Kellogg Business School (Chicago) e Universidade da Califórnia (Irvine), participou também do programa de inovação Learn Experience em São Francisco.
