Transformação Digital na Saúde

Entenda o que são os SuperApps e como eles transformaram a China

Os SuperApps economizam tempo e oferecem experiência e acessibilidade aos clientes, para a Saúde, representam mais uma forma de inovar o negócio

Por Roberto Gordilho

Some quanto tempo você gasta para mandar mensagens de texto e áudio, acessar os aplicativos bancários, agendas online e, na hora do almoço ou do lanche, pedir sua comida predileta. Pois é, os aplicativos surgiram com a proposta de facilitar a rotina das pessoas. Contudo, com as transformações mais recentes,  é possível otimizar ainda mais o tempo, evitando acessar um aplicativo específico para cada funcionalidade. Reunir tudo em apenas um software é a proposta dos SuperApps, plataformas que reúnem mais de um negócio ou serviço, ampliando a experiência dos usuários.

O primeiro SuperApp surgiu na China, por volta de 2011. O WeChat (Wēixìn, do mandarim) foi desenvolvido no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Tencent Guangzhou. Pelo app, é possível ler notícias, fazer compras dos mais variados produtos e serviços, publicar fotos, compartilhar mensagens, realizar transações bancárias de variadas instituições financeiras e a cada dia novas funcionalidades são agregadas à plataforma. 

No mercado chinês, o WeChat serviu de benchmark para o desenvolvimento de ideias semelhantes, mudando o cotidiano e hábitos de consumo. Por lá, a questão da segurança de dados foi propulsora da novidade. Afinal, uma vez que diversas trocas monetárias e transações financeiras estão acontecendo mediadas por uma única empresa de software, a fiscalização governamental precisava agir para garantir a privacidade das pessoas e suas informações. Na cultura daquele país, a ideia de “bem coletivo” permitiu que os consumidores não vissem com maus olhos a vigilância e sanção do governo público. 

Sendo assim, os superapps revolucionaram o mercado asiático, principalmente a China, por promoverem diversidade de serviços e economia de tempo em apenas um único aplicativo. Enquanto algumas empresas apostam na segmentação de serviços, os novos aplicativos possuem funções sortidas. Isso significa que o tempo gasto no smartphone não é mais dividido entre várias empresas. Assim, os usuários não precisam realizar cadastros, downloads e distribuir os dados pessoais entre múltiplas plataformas. 

Entre outros fatores, o modelo de negócio dos SuperApps orientais foram adotados em diversos países. No Brasil, alguns empreendimentos até assumiram uma pivotagem em favor da ideia. O Magazine Luiza, por exemplo, deixou de ser apenas um player varejista para fornecer carteira digital própria, serviços e produtos variados, além da inserção de outras lojas que realizam operações conjuntas dentro da plataforma da marca. 

E como avaliar o impacto dessa revolução tecnológica para a gestão das organizações de Saúde?

Os clientes querem comodidade, acessibilidade, praticidade e uma experiência que agregue valor e seja de fato resolutiva. O pensamento startup levou ao mundo dos negócios em Saúde diversas ideias que agregam todos esses conceitos e outras funcionalidades em uma única plataforma ou aplicativo.

Operação

As pessoas não querem ser mais pacientes (conceito clínico). O passaporte para entrar em uma organização de Saúde não pode ser mais apenas uma enfermidade. Qualidade de vida e bem-estar exigem estratégias que conectam equipes multidisciplinares, áreas voltadas para criar serviços e atendimentos preventivos, grupos de profissionais focados na orientação e um conjunto de fornecedores, parceiros e logística pré-dispostos a entregar o que o cliente precisa de maneira prática e rápida (tudo dentro de uma mesma plataforma, ou seja, acessível pela palma da mão do cliente).

A maturidade digital para esse tipo de empreendimento deve estar em constante desenvolvimento. Gestores e lideranças precisam estar atualizados com as novidades, analisando possibilidades externas, colhendo e usando os dados para personalizar os serviços e encontrar novos filões dentro do mercado. A empreitada é desafiadora. Porém, o mundo dos SuperApps abrange uma gama de possibilidades que, quando bem exploradas, fornece meios para o negócio se renovar periodicamente e se manter equilibrado frente às diversas transformações do setor. 

O mercado de Saúde está em expansão e fortemente aquecido. A inovação está à favor da sustentabilidade e o perfil de consumo dos clientes se transforma cotidianamente, exigindo dos negócios novas ideias que agregam valor, forneçam serviços de qualidade e com experiências satisfatórias. 

Os SuperApps causaram uma disrupção no mercado chinês e, por efeito cascata, em todo globo.

Pensando na organização de Saúde em que você gerencia, responde pela liderança ou está em fase de desenvolvimento profissional, quando a transformação será feita ao ponto de causar impacto em todo o setor?

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