Encontros promovidos em parceria com a Fehosp foram realizados nesta semana em Piracicaba e São Paulo; participantes conheceram o PROAMA
por editorial GesSaúde
As cidades de Piracicaba e São Paulo receberam nesta semana os primeiros eventos com a marca Café & Gestão, promovidos pela GesSaúde em parceria com a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp). O objetivo das ações é apresentar a gestores de organizações brasileiras os conceitos de maturidade de gestão hospitalar e de parceria de resultados, por meio do Programa de Aceleração da Maturidade de Gestão da Saúde (PROAMA). As atividades, que começaram no Estado paulista, também serão realizadas nos municípios de Votuporanga e Ribeirão Preto, ainda como parte da cooperação com a Fehosp.
Confira fotos dos primeiros eventos, promovidos na terça-feira (20 de março), em Piracicaba, e na manhã de hoje (22 de março), na Capital, e, abaixo das imagens, mais informações sobre as atividades.
Como o próprio nome diz, o formato do Café & Gestão é um café da manhã de negócios. A palestra “O cenário de transformação atual da gestão de hospitais no Brasil” abre o evento, seguida da apresentação do PROAMA. Trata-se de uma imersão no que há de mais avançado em metodologias de gestão hospitalar, com 600 horas de atividades, entre workshops, capacitação e mentoring, ao longo de 12 meses, incluindo os cinco pilares fundamentais para se evoluir a maturidade de gestão hospitalar: governança corporativa, estratégia empresarial, tecnologias de gestão, gerenciamento de processos e gestão de pessoas.
De acordo com Roberto Gordilho, CEO da GesSaúde, a parceria de resultados promovida pelo programa visa o compartilhamento de experiências entre organizações, baseada em metodologias que garantem que a instituição permaneça viva e relevante no atual cenário de turbulência na Saúde brasileira – que passa por mudanças no modelo de remuneração e monetização, aquecimento das fusões e aquisições e transformação digital. Trata-se de um caminho viável para o hospital que planeja sobreviver ao cenário atual, que Gordilho define como tempestade perfeita. “Essa tempestade é formada pelo conjunto dos gargalos internos das organizações, somados às mudanças do cenário externo, que são de difícil controle. Ou seja, do lado de dentro há sérias deficiências de gestão e, fora, a necessidade de mudança do modelo de remuneração, a revolução da transformação digital, o movimento de fusões e aquisições e o esgotamento do modelo de monetização. Preparar o hospital é o primeiro passo para atravessar essa turbulência e se manter vivo e relevante no mercado”, destaca.
Gordilho explica que, com a parceria de resultados, os hospitais continuam independentes, mas atuam unidos pelo mesmo objetivo de a evoluir a maturidade de gestão – das organizações envolvidas e, consequentemente, de todo o setor. “Hoje o sistema de Saúde está baseado na dualidade doença x cura. O hospital ganha dinheiro com procedimentos para tratar e recuperar o bem-estar do paciente. Mas para ser tratada, a pessoa precisa obrigatoriamente ter um problema de Saúde. A doença, portanto, é a mola de toda a cadeia. Esse sistema não se sustenta mais. É preciso evoluir para um modelo no qual a prevenção seja o foco.”
A tecnologia é a responsável por impulsionar essa mudança para uma organização que cuida, de fato, da saúde dos indivíduos. Porém, para Gordilho, sem a maturidade de gestão, essa evolução não acontecerá. “O hospital precisa amadurecer antes de investir em tecnologias disruptivas, como big data, dispositivos vestíveis (wearable devices), inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT, ou Internet of Things), computação cognitiva. Todas trazem ganhos, mas só irão funcionar se os gestores souberem exatamente como utilizá-las.”
Dessa forma, garante o CEO, será possível otimizar os processos e entregar aquilo que todo o hospital almeja: qualidade na assistência somada a resultado.
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Fotos: Divulgação