Especialista explica como as organizações de Saúde podem se beneficiar de novos modelos de remuneração
Por Editorial GesSaúde
Os custos em Saúde e os desafios que tanto organizações quanto operadoras vêm passando com o atual modelo de remuneração em prática, tem incentivado a busca por novas iniciativas para amenizar a escalada de custos. A remuneração por valor tem surgido como uma das estratégias que pode garantir uma melhoria na gestão financeira das instituições, além de ofertar uma ampliação da segurança do paciente. Esse será um dos temas abordados pelo painel “Novos modelos de remuneração: Fatos e Mitos – O que aponta a realidade”, durante o II Congresso Brasileiro de Maturidade de Gestão na Saúde, que acontece no próximo dia 24, em São Paulo.
Eduardo Regonha, fundador da XHL Consultoria, é o responsável pela palestra “Remuneração por performance, o segredo está no custo”. De acordo com o especialista, o modelo de remuneração praticado atualmente, o fee–for–service, tem como característica negativa a premiação volumétrica, ou seja, quanto maior o produção, maior será o gasto e maior será o faturamento.
Nesse relacionamento, operadoras e hospitais procuram de alguma forma manter a fatura mais atrativa, o que gera problemas como glosas, além de não beneficiar o principal interessado nos serviços de Saúde: o paciente. “Porém, é notório perante todos os players do segmento que este modelo a alguns anos vem sendo fortemente criticado e ultimamente com a crise econômica e o forte aumento nos custos em Saúde, a redução de beneficiários de planos de Saúde, muitas iniciativas vêm sendo adotadas no sentido de reverter e/ou amenizar a escalada de custos”, comentou.
A remuneração por performance, contudo, tem como uma das principais garantias o aumento na segurança do paciente por conta dos seguintes pontos:
- A Saúde baseada em valor e a respectiva remuneração por performance tem como foco a qualidade do atendimento ao paciente;
- Maior preocupação com o desfecho clínico e com a solução do problema;
- Gestão direcionada para a redução e eliminação de erros;
- Evitar ao máximo reinternações.
Tecnologia
Com o surgimento das novas tecnologias, os pacientes conseguiram maior potencial de decisão entre serviços e instituições que atendam não apenas suas necessidades de bem estar, mas também de acesso financeiro. Regonha explica, porém, que esse processo ainda está em desenvolvimento e que as possibilidades de acesso à Saúde podem ser ampliados ainda mais pelo uso de novas tecnologias. “Grande parte dos usuários de planos de Saúde ainda não tem ideia do que seja a telemedicina, a possibilidade de fazer uma consulta à distância. Mas isso deverá ser um processo de alteração rápida, pois será estimulado pelos financiadores, considerando que gera redução de custos. Porém, ainda temos que corrigir algumas falhas, obter as autorizações e assim que tiver toda parte burocrática resolvida a proliferação será rápida e exponencial”, previu o especialista.
O congresso
O II Congresso Brasileiro de Maturidade de Gestão na Saúde é uma iniciativa da Comunidade Maturidade de Gestão. Diversos painéis sobre os enfrentamentos e transformações da Saúde serão apresentados por especialistas renomados de todo o País. Os ingressos estão disponíveis no site oficial do encontro.