Gerenciamento de Processos de Negócios (BPM)

A importância da gestão de processos na segurança do paciente

Administrando os departamentos do hospital, é possível monitorar as ações internas,  aprimorar o atendimento e identificar  pontos de melhorias

Por editorial GesSaúde

A gestão de processos de um hospital é essencial para o desenvolvimento da organização. Com uma metodologia consolidada, é possível identificar, monitorar e executar as atividades sequenciadas. “Em uma gestão baseada por processos, o hospital adquire uma visão horizontalizada, proporcionando a conexão de suas atividades ponta a ponta”,  explica Jaime Gama, assessor estratégico do Hospital São Rafael.

A gestão por processos se divide em duas categorias: os primários, que impactam diretamente no atendimento ao paciente, incluindo a atuação da equipe médica, enfermagem, fisioterapia, nutrição e demais áreas; e os de apoio, formados por toda a parte administrativa do hospital e que, indiretamente, também influenciam na relação com o paciente, como  as áreas financeira,  tecnologia da informação, faturamento, auditoria etc.

Essencial para a segurança dos pacientes, a gestão desses processos causa impactos práticos no dia a dia do hospital. Ao administrá-los, é possível montar uma estrutura para acompanhar o fluxo de informações e cuidar de cada etapa da gestão dos processos, ter a garantia de um resultado assistencial mais seguro ao paciente e atingir os objetivos planejados. “O hospital consegue traçar uma linha de atendimento – que vai desde o momento em que o paciente marca a consulta até uma cirurgia ou internação e sua alta final. Assim, fica mais claro para identificar possíveis pontos de melhoria e ineficiência instalada”, explica Gama.

Por outro lado, a má gestão de processos prejudica a organização de várias formas. A quebra da assistência é uma delas. “Sem o gerenciamento dos processos, os setores funcionam como ilhas individualizadas. Isso faz com que a comunicação entre médicos, enfermeiros e demais membros da equipe fique fragmentada”. Com isso, a equipe acaba tendo retrabalho e o paciente, muitas vezes, acaba passando mais tempo no hospital do que o planejado.

Para diminuir a incidência de erros, é essencial implementar no hospital uma gestão de mudanças – com a inserção de protocolos de segurança, melhores práticas de atendimento e cuidados específicos para cada perfil de paciente – e preparar a equipe. “Um idoso ou uma criança, por exemplo, precisa de acompanhamento para ir ao banheiro, levantar da cama, e outras atividades. É preciso considerar as particularidades de cada um”, explica Gama.

Já na área administrativa, é importante estabelecer um monitoramento de indicadores de resultados e desempenho. “Com novos protocolos e tecnologias surgindo, os processos devem ser aprimorados diariamente. Todos esses cuidados garantem que isso aconteça e que os resultados sejam satisfatórios” ressalta.

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Imagem: Depositphotos

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