A capacidade de desapegar de paradigmas exige que o líder invista em aprendizado contínuo, estimule a diversidade e tenha pensamento crítico
Por Roberto Gordilho
Em um mundo em constante transformação, em que a tecnologia avança rapidamente e novos conhecimentos são descobertos a cada dia, a capacidade de desapegar de paradigmas tornou-se essencial para liderar de forma eficaz e humanizada, especialmente no campo da Saúde. Os líderes que conseguem se libertar das formas antigas de pensar e abraçar abordagens inovadoras e centradas nas pessoas têm uma vantagem significativa na promoção de melhores resultados e no desenvolvimento de uma cultura organizacional positiva.
O que são paradigmas?
Paradigmas são conjuntos de crenças, valores, suposições e práticas que moldam a maneira como vemos o mundo e agimos nele. Eles representam nossos modelos inspirados, baseados em experiências passadas, educação e cultura, que influenciam nossas decisões e ações. No contexto das organizações de Saúde, os paradigmas podem ser representados por tradições arraigadas, estruturas hierárquicas rígidas, resistência à mudança e uma mentalidade focada apenas em aspectos técnico-clínicos, em detrimento, muitas vezes, da centralidade no paciente.
Desapegando de paradigmas
Uma liderança moderna e humanizada exige a capacidade de questionar, desafiar e desapegar dos paradigmas existentes. Isso permite aos líderes adotar uma mentalidade de aprendizado contínuo, buscar soluções inovadoras e adaptar-se rapidamente às mudanças do ambiente de Saúde. A habilidade de desapegar de paradigmas é um convite para explorar novas perspectivas, considerar diferentes pontos de vista e adotar abordagens experimentais em evidências científicas e em valores éticos.
Uma liderança que se liberta de paradigmas ultrapassados está mais apta a promover a colaboração e a comunicação efetiva entre profissionais de Saúde, incentivar a participação ativa de pacientes e suas famílias nas decisões relacionadas aos cuidados de Saúde e fomentar um ambiente de trabalho saudável e engajador. Além disso, a capacidade de desapegar de paradigmas permite que os líderes reconheçam a importância da Saúde mental e do bem-estar de suas equipes, criando uma cultura de apoio e resiliência.
Eficiência na liderança
Desenvolver a capacidade de desapegar de paradigmas não é uma tarefa fácil, mas é fundamental para uma liderança eficaz e humanizada. Aqui estão algumas estratégias que os líderes podem adotar para promover essa habilidade:
Autoconhecimento: Refletir sobre nossas próprias crenças e preconceitos é o primeiro passo para desapegar de paradigmas. Ao examinar nossas motivações e identificar quais suposições podem estar limitando nosso pensamento, podemos abrir espaço para novas ideias e perspectivas.
Aprendizado contínuo: Buscar constantemente novos conhecimentos e informações é essencial para ampliar nossa compreensão do mundo. Participar de cursos, conferências e ler livros e artigos de diferentes áreas pode nos expor a diferentes maneiras de pensar e ajudar a desafiar nossos próprios paradigmas.
Estimular a diversidade: Promover a diversidade e a inclusão dentro das organizações de Saúde é fundamental para desapegar de paradigmas. Ao enfrentar diferentes experiências, culturas e perspectivas, podemos enriquecer a tomada de decisões e a inovação.
Pensamento crítico: Desenvolver habilidades de pensamento crítico nos permite questionar e avaliar nossas próprias suposições, bem como os paradigmas existentes. Isso envolve analisar criticamente evidências, considerar diferentes pontos de vista e estar disposto a mudar de opinião com base em informações mantidas.
A capacidade de desapegar de paradigmas é essencial para liderar a forma moderna e humanizada em organizações de Saúde. Os líderes que conseguem abandonar formas antigas de pensar e abraçar abordagens inovadoras são capazes de promover melhores resultados e criar uma cultura organizacional positiva. Ao adotar uma mentalidade de aprendizado contínuo, buscar perspectivas diversas e desenvolver habilidades de pensamento crítico, os líderes podem se tornar agentes de mudança, conduzindo suas equipes e organizações para um futuro mais promissor na área da Saúde.
