Gestores extraordinários da saúde entregam resultados com eficiência e maneira contínua e podem potencializar a gestão de filantrópicas
A gestão é um fator essencial para o sucesso de qualquer organização, especialmente na área da saúde, onde os desafios são constantes e complexos. No contexto dos hospitais filantrópicos, que prestam serviços de saúde para a população carente e dependem de recursos escassos e incertos, a gestão se torna ainda mais relevante e necessária.
Segundo Roberto Gordilho, palestrante, desenvolvedor de pessoas e carreiras e especialista em gestão hospitalar e transformação digital, a questão a ser resolvida na saúde não é tecnologia, é gestão, onde estão as grandes oportunidades. Ele defende que os profissionais que ocupam ou desejam ocupar funções de liderança e gestão em organizações de saúde precisam se tornar gestores extraordinários da saúde, ou seja, profissionais capazes de acelerar suas carreiras, ser reconhecidos, aproveitar as melhores oportunidades e alcançar seus objetivos profissionais.
Para formar gestores extraordinários da saúde nos hospitais filantrópicos, é preciso seguir os 10 passos do GPS Gestor Extraordinário da Saúde, um método desenvolvido pelo especialista que consiste em:
1. Definir seus objetivos pessoais e profissionais
2. Identificar seus sabotadores e aceleradores
3. Desenvolver seu plano de ação
4. Aprender as técnicas e habilidades de gestão
5. Aplicar as técnicas e habilidades na prática
6. Monitorar seus resultados
7. Buscar feedbacks
8. Corrigir os erros
9. Celebrar as conquistas
10. Repetir o ciclo
Um dos aspectos mais importantes para se tornar um gestor extraordinário da saúde é a liderança humanizada, que se refere à capacidade dos profissionais de saúde que atuam diretamente na assistência ao paciente de influenciar positivamente seus colegas e alcançar melhores resultados, considerando as necessidades, os sentimentos, os valores e as expectativas dos pacientes, dos familiares e dos profissionais envolvidos no processo de cuidado. A liderança humanizada reconhece a singularidade de cada pessoa, respeita sua autonomia e dignidade, promove a comunicação aberta e empática, estimula a participação e o trabalho em equipe, e busca o bem-estar e a satisfação de todos.
Para desenvolver a liderança humanizada nos hospitais filantrópicos, é preciso investir em estratégias educacionais que desenvolvam as competências cognitivas, interpessoais e intrínsecas dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente do cuidado. Essas competências incluem o conhecimento técnico-científico, a capacidade de resolver problemas de forma colaborativa, o senso de controle, competência e autonomia, o empoderamento psicológico, a inteligência emocional e a reflexão crítica.
Além disso, é preciso criar um ambiente organizacional que favoreça e valorize a liderança humanizada nos hospitais filantrópicos. Isso implica em remover as barreiras que limitam o avanço do cuidado humanizado nas instituições hospitalares, como a falta de recursos materiais e humanos, a burocracia excessiva, a hierarquia rígida, a cultura autoritária e a resistência à mudança. Também implica em incentivar e reconhecer as iniciativas e os resultados dos líderes humanizados, oferecendo-lhes apoio, feedback, orientação e oportunidades de crescimento profissional.
O perfil de gestor extraordinário da saúde que os hospitais filantrópicos precisam para serem eficientes é aquele que combina competência técnica com sensibilidade humana, que inspira confiança e respeito, que motiva e engaja as pessoas em torno de uma visão compartilhada, que valoriza a diversidade e a colaboração, que promove a inovação e a melhoria contínua.