De acordo com Daniel Goleman, a Inteligência Emocional permite que as pessoas possam ter clareza nos objetivos de vida e capacidade de tomada de decisão
Por Roberto Gordilho
Você conhece todas as suas emoções? Em situações desafiadoras, em que seus instintos e sentimentos são levados à flor da pele, você se considera capaz de adotar uma postura equilibrada? É o tal do “contar até 10”, antes de tomar uma decisão. Embora muitas pessoas ainda desconheçam a real definição de Inteligência Emocional (IE), essa habilidade não está nenhum pouco ligada a filosofias, signos ou proselitismo. Trata-se de um conjunto de habilidades associadas à cognição e que tem ganhado cada vez mais espaço em estudos da psicologia e neurociência.
E um dos pesquisadores mais atuais nesse ramo é Daniel Goleman. Autor da obra “Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”, ele contribuiu por mais de 10 anos para o The New York Times escrevendo sobre sobre avanços nos estudos do cérebro e das ciências comportamentais. Goleman esclarece que, a pessoa que tem a capacidade de gerir as próprias emoções também consegue desenvolver melhor sua inteligência.
Emoções e inteligência estão intimamente ligados, certo? Pois, é por isso mesmo que o mundo dos negócios, principalmente na saúde, carece de profissionais com habilidades atreladas ao autoconhecimento, à empatia e às relações interpessoais. E são justamente alguns dos pilares da Inteligência Emocional.
Na carreira
Antes de apresentarmos as 5 habilidades da Inteligência Emocional, vamos esclarecer os motivos que fazem dessas competências requisitos com alto poder competitivo no mundo da Saúde. Diversos estudos apontam que a Saúde é uma área em que os profissionais apresentam níveis elevados de estresse e ansiedade. Por exemplo, de acordo com a pesquisa Talkspace’s Employee Stress Check, realizada nos Estados Unidos, mostrou alguns motivos de insatisfação e, por consequência, baixa produtividade no trabalho
- 57% dos participantes reclamaram de salários baixos;
- 51% apontaram o esgotamento emocional:
- 45% disseram que a falta de flexibilidade da empresa compromete a saúde mental.
No ambiente de Saúde, o risco de descontrole mental é elevado por gatilhos como:
- Urgências;
- Emergências;
- Acidentes,
- traços de tristeza;
- Depressão;
- Melancolia e
- Agressividade.
E não se engane, são sentimentos compartilhados tanto pelos pacientes quanto pelos profissionais em todas as áreas do negócio.
E como a Inteligência Emocional pode ajudar?
Na verdade, a Inteligência Emocional só pode proporcionar resultados satisfatórios se você se empenhar na transformação. A partir do momento que a pessoa começa a estudar e desenvolver as habilidades da IE, conforme os estudos de Goleman, ela se torna capaz de:
- Reduzir os níveis de ansiedade e estresse;
- Ser mais empática e ter boas relações interpessoais;
- Ter clareza nos objetivos;
- Capacidade de tomar decisões mais assertivas;
- Aumentar a produtividade e comprometimento com metas e
- Otimizar a gestão do tempo.
Então, conheça as 5 habilidades-chave da Inteligência Emocional:
- Autoconhecimento: compreender suas próprias fraqueza, limitações e emoções;
- Autocontrole: gerencie impulsos emotivos e conheça seus gatilhos mentais;
- Automotivação: profissionais motivados superam expectativas e se engajam melhor com a produtividade;
- Empatia: é a capacidade de se colocar no lugar do outro;
- Relacionamentos interpessoais: nenhum empreendimento funciona com apenas uma pessoa. É preciso saber se relacionar, com base em uma comunicação ativa e mais assertiva.
Cada pilar possui uma estrutura de desafios e aprendizados. É importante compreender que a Inteligência Emocional relaciona cada uma dessas habilidades com circuitos cerebrais da mente, que podem ser flexíveis e, portanto, trabalhados. Não é uma conquista que ocorre por osmose. Exige técnica, conhecimento e vontade: de ser um profissional de destaque no mercado.