Digitalização de processos e relacionamentos, além dos modelo híbrido de atuação, são alguns dos novos paradigmas do trabalho na Saúde
Por Editorial GesSaúde
Trabalho remoto (home office), presencial ou híbrido. Seja qual for o modelo adotado pela organização de Saúde, as pessoas ainda estão em um profundo momento de transformação cultural. O fato é que, enquanto este conteúdo é lido, as relações entre equipes e gestores, instituições e clientes, estão se moldando aos novos paradigmas que impactam toda a cadeia produtiva. Frente a isso, o gestor deve ser capaz de enxergar seus colaboradores por um prisma ainda mais complexo. Afinal, enquanto profissionais, cada membro do time também é um consumidor da Saúde.
Para gerir o trabalho é preciso unir a perspicácia de uma liderança moderna, processos sólidos, tecnologias inovadoras e, o fundamental: empoderamento e motivação das pessoas. Por isso, toda a mudança deve acontecer primeiramente no gestor e líder. Isso se faz necessário para que ele mesmo seja o exemplo e, dessa forma, consiga auxiliar os colaboradores a transpor os desafios das transformações recentes. O resultado dessa colaboração é refletido em aspirações compartilhadas e um ambiente corporativo equilibrado e dinâmico.
Empoderamento das pessoas é palavra de ordem
Empoderar o colaborador vai além de conferir mais autonomia e responsabilidades. A inovação na Saúde deve ser uma constante. Dessa forma, o gestor deve estimular seus colaboradores a apresentar frequentemente novas abordagens para a operação do negócio. Afinal, quem está imerso nas rotinas tem uma visão prática de como o os serviços e produtos são gerados e entregues aos clientes.
Cada ator dentro da engrenagem operacional pode pensar, portanto, como usuário e consumidor da organização de Saúde. Para isso, os profissionais devem ser integrados com parte da tomada de decisão e se sentir empoderados o suficiente para propor ideias que potencializam estratégias como, por exemplo:
- Melhoria no acesso do cliente aos serviços e produtos;
- Menos tempo para execução de rotinas;
- Ferramentas digitais que facilitam o trabalho e o relacionamento interno;
- O posicionamento da organização de Saúde: como a instituição pode melhorar a comunicação com as novas gerações de consumidores.
O poder da escolha
Dentro dos novos paradigmas do trabalho na Saúde, está a formalização de uma atuação operacional que melhor se enquadra nas necessidades da instituição e perfil de cada pessoa da equipe. Afinal, o trabalho remoto ou home office dividiu boa parte dos times dentro de uma organização de Saúde. Existem aqueles que encontraram no mundo digital a segurança e praticidade que permitem maior qualidade nas entregas e atenção às metas e objetivos da instituição. Por outro lado, outra parcela dos colaboradores ainda preferem o modelo presencial. Entra no cálculo os colaboradores que sentem no meio termo (modelo híbrido) maior dinâmica para o trabalho.
Compreender esses perfis permite que o gestor elabore o modelo mais adequado para os times que gerencia. Para tanto, é preciso permitir que as pessoas escolham a forma de trabalho que atenda tanto aos próprios anseios quanto às necessidades da organização de Saúde. O empoderamento e o poder de escolha exigem do gestor a habilidade de repensar a estrutura operacional, ou seja, os processos.
Gestão remota exige processos sólidos
Dentro dos novos paradigmas do trabalho na Saúde, criar processos sólidos é fundamental para manter a gestão equilibrada e permitir melhor adaptação das equipes aos diferentes modelos de atuação. Não é só isso. Essa é uma habilidade que amplia a capacidade de elaborar estratégias de adaptação imediata. Assim, para ter processos sólidos é fundamental seguir alguns passos:
- Mapear: o mapeamento dos processos empresariais é uma técnica que nunca ficará ultrapassada. Afinal, é preciso estar íntimo de como as rotinas são conduzidas de ponta a ponta. Trata-se de ter uma visão holística de toda a operação e seus detalhes;
- Descentralização da gestão: essa etapa é fundamental para o empoderamento e maior participação das pessoas no processo de decisão;
- Defina metas: elas são importantes para garantir a estratégia do negócio. Quando compartilhadas, as metas também auxiliam os colaboradores na adoção do modelo de trabalho;
- Resultados: devem ser acompanhados, metrificados com base nas metas e, principalmente, compartilhados com as equipes. Isso retorna em maior engajamento com as metas e a identificação da atuação individual com o resultado final de cada rotina.
Motivação e envolvimento com equipes remotas
O equilíbrio é a base para a gestão eficiente de equipes quando o assunto é trabalho remoto. O gestor deve estar presente no dia a dia de seus colaboradores. É fundamental apresentar, treinar e motivar as pessoas para o uso de tecnologias de compartilhamento de projetos, documentos e resultados. Contudo, é preciso ter cuidado com a interrupção das rotinas com excesso de reuniões online e mensagens diretas. É possível criar cronogramas de entregas e avaliações individuais e em grupo.
Para aproximar e melhorar a integração entre times, o gestor pode avaliar a possibilidade de aplicar dinâmicas presenciais ou oferecer mesmo espaços físicos a serem compartilhados periodicamente. O respeito à escolha de cada membro da equipe e uma comunicação clara são a base que permitem ao gestor tomar as decisões mais assertivas para a gestão do trabalho e dos times frente aos novos paradigmas que desafiam a Saúde constantemente.