Muitos profissionais acreditam que, para empreender, é preciso deixar o contrato de trabalho de lado e abrir uma empresa
Por Editorial GesSaúde
São tantas as transformações no mercado que os gestores que estão atentos ao momento percebem quantas são as oportunidades que estão surgindo. Para muitos, empreender é aproveitar essas vantagens e trilhar isoladamente o ultrapassado caminho da concorrência direta. Ou seja, a partir do momento em que o profissional vislumbra uma solução para determinado desafio, sente no âmago a necessidade de pedir demissão e criar uma empresa. Empreender é algo muito diferente. Trata-se de um modelo de pensamento.
O dinamismo do mercado fez com que as organizações de Saúde notassem o quão valioso é ter internamente pessoas capazes de empreender. Afinal, são vários os desafios e demandas pelas quais as instituições passam que estar próximo de um profissional capaz de pensar em soluções ágeis e eficazes se tornou uma vantagem competitiva. Empreender, portanto, não significa necessariamente se desligar do posto de trabalho. Muito pelo contrário, é viver o cotidiano da Saúde para que, paralelamente, novas ideias sejam postas em prática.
Comodismo
Como modelo de pensamento, o empreendedorismo exige do gestor uma inquietação constante. Ou seja, é o hábito de não se acomodar com tudo que está acontecendo. Isso não apenas na Saúde, mas nas transformações sociais e de relação entre clientes e instituições. Tomando como base essa premissa, empreender também é buscar mudar tudo o que é passível de mudança – afinal, nada é imutável.
Dessa forma, se esse sentimento não está dentro do gestor todos os dias quando acorda, infelizmente o modelo de pensamento empreendedor não foi absorvido. E isso é prejudicial para a carreira e para o cargo que ocupa. Cada vez mais as organizações de Saúde carecem de pensamentos empreendedores. Os profissionais que possuem a habilidade de empreender e manter as responsabilidades dentro da instituição a qual está ligado, não é mais um simples empreendedor. Esse é o perfil que o mercado está buscando: o intraempreendedor.
Formação
Portanto, intraempreender é um modelo de pensamento que não é adquirido por osmose. Muito pelo contrário. Assim como em todos os níveis de carreira, isso exige dominar estratégias e técnicas de gestão do conhecimento, avaliar forças e fraquezas, além de saber gerir o tempo e quais são as necessidades e desafios pelos quais a organização de Saúde está passando. E, concomitantemente, transformar uma ideia em solução disruptiva.
A partir disso, o intraempreendedor deve acrescentar à inquietação diária o dever de atualizar os conhecimentos. E, mesmo que o tempo seja escasso, é preciso usufruir da tecnologia e novas relações de aperfeiçoamento online para estar sempre à frente do lugar comum. O intraempreendedorismo deve ser alimentado por novos conhecimentos técnicos e de gerenciamento. Afinal, a Saúde está repleta de pessoas que executam bem diariamente as rotinas de trabalho. Mas, poucos são os que vão além e tornam uma ideia em empreendimento.
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